segunda-feira, 18 de novembro de 2013

FLORIDEIA


Em  “ A riqueza dos jardins” Cravo Smith teoriza acerca de uma mão invisível que regula a produção de flores.

Plantão escreveu o famoso diálogo: “ o ramalhete”.

Michael fulô escreveu “Vigiar e Florir” , história da jardinagem  I, II e III.

Rosa Luxemburgo, floresceu vermelha como “rosa sangrenta”.

Ricardo Antúrio preocupa-se com as abelhas operárias, que perderam a noção da riqueza que produzem expropriando flores oprimidas.

E assim, florescendo aqui ali, planta-se e colhem-se plantações inteiras e pequenos jardins...

A metafísica da flor e a flor em si. A matéria da flor e o florescer histórico. A semente e o tempo. A flor da estufa. A floricultura. A cultura de flores. O mel silvestre. A palavra floriada. A ideia florida. A primavera e o outono. A flor da pele. A pétala. Floriu. Flor riu. Fim

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

MANIFESTO


Sejamos
Cínicos
Sísmicos
Similares
Cistos
Síncopes
Sejamos sem ser
Eu, tu, vós, você
Sejamos por um lapso
Um colapso
De relapso
Sejamos pureza e cagaço
O que nunca poderemos ser
Sejamos desrespeito
Predicado, sujeito
Sejamos sem jeito
Sujos, suspeitos
Sejamos sozinhos
Cada um distante
Errante
Farsante
Se já fomos
Seremos serenos
Sujeitando-nos
Assuntando nosso ser
Só sejamos humanos
Já sei...Leva anos!
Mas sejamos atemporais
Amorais
Animais
Sejamos um pouco e ainda mais
Muito de sempre e nada jamais
Sejamos um ao outro
Outro ao um
Sejamos a sorte
O norte
A própria morte do ser
Os fracos mais fortes
Seja eu
Sejas tu
Seja você
Só seja
Só um pouco
Para que eu possa ser
Seja carne
Seja letra
Legível
Acessível
Sejas incrível
Toda vez que eu te querer
Seja sempre
Só porque
Tenho medo do teu ser
Mas sou um pouquinho mais
De tudo que você já pode ver
Parte
Fração
Pedaço
Para sermos caleidoscópios de sujeitos
Montemo-nos no bem querer
Se somos sem lógica
Egoístas
Somos para nos satisfazer
Se somamos
Subtraindo que somos
Suplicamos sedentos
Alguma verdade
Se nada sabemos
Sobrevivemos 
Sendo sem ser

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

(...).


Reticências da Silva era um cara que buscava continuidade. O problema é que a continuidade que ele geralmente tinha era o que os outros entendiam por continuar. Há quem fale que ele é o exemplo da supressão do que poderia ser dito. Reticências, cansado de viver em função da interpretação alheia, resolveu ficar só. Isto mesmo, Reticências queria um ponto final. Fez uma cirurgia e retirou dois pontos. Hoje totalmente mudado não sente falta da sua ambiguidade. Mudou seu nome para Exclamação da Silva e vive por aí abalando estruturas textuais... 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Mentirinha

Meu sistema nervoso apático
não me deixa ser simpático
Fazer o que?
Só posso recorrer ao outro esquema
o nervoso sistema  "pára -sim - tácito".


quinta-feira, 4 de julho de 2013

Cor Agem


Sempre achei que as pessoas tinham uma beleza que ultrapassava a própria capacidade humana.

É um olho-pra-sonho que produz realidades.

Isso se choca constantemente com os sentidos práticos da carne-pra-vida.

Assim, vivo criando cores anestésicas.

Desta forma que se entende que lúdico e lúcido são a mesma palavra com letras rearranjadas.

Tenho uma paleta de cores inventadas onde componho novas belezas e crio realidades de sonho encarnado.

 

 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Gasosa


Eu me desmancho no ar

Para que possas aspirar-me por inteira

Pois minha sólida solidão

É de inspiração pós-moderna

sábado, 15 de junho de 2013

Visão


Hoje vi seus olhos
Que de tão meus já não me vejo
Pudesse eu mirar por eles
Os meus olhos que tanto te desejam
Sei que olhei para dentro
Que teu olho não me verá
Busco em mim com olhar atento
Imagens a projetar
Pois se me olhaste no centro
Aonde vou me esconder?
Como posso ir embora?
Mesmo sem poder ter?
Se tudo que envolta vejo
É o desejo que volta
Na parede da memória que está você
E eu a perguntar: me olhas por quê?

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Ciranda

Se eu te chamasse
C’alma ardendo
Com voz que grita
De fora para dentro
Tu enfim existirias?
 
Se tu me chamasses
C’alma ardendo
Com voz que grita
De fora para dentro
Eu assim te existiria?
 
Se ele nos chamasse
C’alma ardendo
Com voz que grita
De fora para dentro
Nós então existiríamos?
 
Se nos criássemos
A mim, a ti, a ele, a nós
Pronomes pessoais
Pessoas pronominais
Se conjugássemos o verbo
Nos tempos verbais
A vida por fim nos conjugaria?

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Poeminha do (quase)plágio

Todos estes que aí estão
Fechados em seus mundinhos,
Eles divagarão...

Eu devagarinho

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Desnuda

Não me despeço
Eu me desfaço
Não me desminta
Nem me desanime
Me desatine
É meu desmando

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Plutão na nossa cabeça



Meu eu
É éter
Homônimo
Hormônio
Eu hetero
Sou Homo
Heterônimo
Meu eterno
Binômio
Sonho
Sem pré-fixos
Sem pré nada
Emprenhada
De nada
De tudo
Conteúdo
Com tu mudo
Contudo
Conto tudo
De mérito
Demérito
Demente
De mente
Aberta
Meu eu
Comum mente
Mente comum
Contundente
Incompreensível mente
Compreendo meu
Universo
Inversamente

Nós éter humanamente

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013




A clave de sol
Sempre quis conhecer
Uma clave de mar
Dava dó bemol
Sua fé sustenida