sábado, 15 de junho de 2013

Visão


Hoje vi seus olhos
Que de tão meus já não me vejo
Pudesse eu mirar por eles
Os meus olhos que tanto te desejam
Sei que olhei para dentro
Que teu olho não me verá
Busco em mim com olhar atento
Imagens a projetar
Pois se me olhaste no centro
Aonde vou me esconder?
Como posso ir embora?
Mesmo sem poder ter?
Se tudo que envolta vejo
É o desejo que volta
Na parede da memória que está você
E eu a perguntar: me olhas por quê?

Um comentário:

  1. Lembrei de Florbela Espanca....adoro esse trecho do poema FANATISMO:

    "E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
    Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
    Que tu és como Deus: princípio e fim!..."

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